Evangelhos Não São Sagrados e Jesus Seria Apenas "Mais Um" Messias, Profeta do Apocalipse
Livro conclui que Bíblia e Evangelhos não são sagrados e que Jesus seria apenas "mais um" dos muitos Messias, um Profeta do Apocalipse
O QUE JESUS DISSE? O QUE JESUS NÃO DISSE? Quem mudou a Bíblia e por quê?
Este é o título de um dos mais polêmicos, porém não o mais recente livro de Bart D. Ehrman, considerado a maior autoridade mundial em exegese bíblica da atualidade. Um de seus útimos livros ("Jesus, Interrompido"), ainda sem tradução no Brasil, foi lançado em 2008 e também deverá ser alvo de grandes debates pois, em matéria de religião, não importando o peso da autoridade de quem defende uma tese, teoria ou simples opinião, sempre teremos "os contra" e os "a favor".
Bart Ehrman, um ex-cristão evangélico, hoje um agnóstico convicto, é teólogo, professor, Ph.D (título recebido no Seminário Teológico de Princeton), dirige o Departamento de Estudos Religiosos da Universidade da Carolina do Norte, na cidade de Chapel Hill, nos Estados Unidos. Poliglota, aprofundou-se no estudo do Grego, do Hebraico, Latim e várias outras línguas, inclusive européias, para melhor poder compreender os textos bíblicos, dos quais efetuou e comparou diversas traduções. Com cerca de uma dúzia de livros publicados, é presença constante em programas de televisão e rádio, por ser considerado uma das sumidades nos estudos sobre o Cristianismo e a vida de Jesus. É super considerado pelas redes NBC, CNN e History Channel. (fonte: Wikipédia - Bart D. Ehrman).
Não citando o livro "Christ, Interrupted" (Cristo, Interrompido), não publicado no Brasil, como dito, a Wikipédia destaca na bibliografia de Bart D. Ehrman:
Voltando ao livro em questão, cuja leitura fortemente recomendo, depreende-se da sua análise que o autor conclui que os Evangelhos não são sagrados, porque não se tendo acesso aos originais, - que ninguém sabe onde estão -, o que temos são sucessivas traduções e reproduções feitas pelos "copistas", com inúmeras alterações, inserções, exclusões e contradições entre as várias versões. Mas os argumentos não ficam só nisso: denunciam também a exclusão de outros evangelhos ditos apócrifos, infirmam depoimentos de pretensas testemunhas oculares, passagens e citações, desqualificadas por falta de comprovação histórica e incompatibilidade temporal e lingüística. De acordo com o autor, algumas curas e passagens dos Evangelhos são fruto da imaginação dos copistas, desejosos de atribuir dons divinos ao personagem. Muitas dessas alterações foram aceitas e até retrabalhadas, por conveniência da Igreja.
Sem ter seu pensamento alinhado com os de Christopher Hitchens, Richard Dawkins e Sam Harris, três dos mais famosos ateus, não chega a defender a inexistência de Cristo mas, para ele, Jesus era humano e apenas mais um simples "profeta do Apocalipse", o que mais se sobressaiu. O que veio depois dele, seriam acréscimos do tipo "quem conta um conto, aumenta um ponto". E foram tantos os exageros e tantos os interesses em que parecessem verdade, que deu no que deu.
Bem, que os Evangelhos (como a Bíblia) não são sagrados, isto não é muito difícil de aceitar, exceto para os fanáticos religiosos que sofreram lavagem cerebral. Quanto a "Jesus ser humano e apenas mais um profeta do Apocalipse", pelas mesmas razões, também é hipótese bastante plausível. Mas nem Bart Ehrman, com toda a sua autoridade, conseguirá pôr fim à eterna discussão: "Teria mesmo Jesus existido, ou seria apenas um mito? E se existiu, seria humano ou divino?" Sobre isto, ainda não há consenso e talvez jamais haja.
Fontes: Livros citados no texto, Wikipédia, outros livror do autor, Mistérios da Bíblia Hebraica, Mistérios do Cristianismo: Quem Matou Jesus?, Mistérios do Cristianismo: Maria Madalena, Pobre Jesus (Lucas Mendes) - Uol Notícias