Ivo S. G. Reis - Artigos, Poesias, Ensaios, Aforismos, Contos e Crônicas
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(Republicação da matéria do mesmo autor, publicada no blog "Debata, Desvende e Divulgue!")

Atos Secretos do Senado x "Transparência Política"

Chega! Não dá para suportar mais. Eles excederam os limites do que seria razoável. Até quando a nação brasileira terá de continuar aceitando, - indignada ou não, mas aceitando -, a impunidade, os desmandos e a farra com o dinheiro público? Leiam a crônica política abaixo e reflitam! Vejam se já não é passado da hora de exigir-se um basta a tudo o que vem acontecendo lá pelas bandas do "Congresso Nacional":


Transparência PolíticaEsta já saiu na mídia: Descobriu-se agora que o Senado se utilizava de "atos secretos", não divulgados e nem publicados no Diário Oficial para, através deles, nomearem parentes e amigos, pagar horas extras inexistentes, conceder auxílios e benefícios indevidos, etc. Já foram identificados mais de 300 desses atos e entre os favorecidos está até um neto do Senador José Sarney, nomeado para um cargo de assessoria de gabinete, com salário de 7.5 mil mensais.

Há pouco tempo, Sarney pediu desculpas à nação, dizendo não saber que recebia indevidamente, durante 2 anos, auxílio-moradia, no valor de R$ 3.800,00 mensais porque não conferia o seu contra-cheque. Será que também não sabia que o seu neto, que nem qualificado para a função era, por não ter formação superior (requisito exigido para o cargo para o qual fora nomeado) tinha sido nomeado por "ato secreto"? E depois, continuou não sabendo quando o neto, demitido por "ato secreto", por conta das pressões contra o nepotismo, foi substituído, apenas 20 dias depois, pela sua mãe (não a do Sarney, a do neto), para o mesmo cargo e com o mesmo salário, que nunca chegou a ser interrompido?

Ora, tenham a santa paciência... Onde está a tal "transparência política" que os parlamentares de todos os partidos tanto gostam de invocar e encherem a boca dizendo que seus partidos a praticam?... Será que "ato secreto" é exemplo de transparência política? E o Sarneizão, que já era político desde quando eu era criancinha e nunca deixou de ser, não sabe como funcionam as coisas na Câmara e no Senado? Ou será que as benesses dos parlamentares são tantas que nem eles mesmos sabem de quantas usufruem?Congresso Nacional

Pelo que eu saiba, os atos administrativos de Governo, seja ele federal, estadual ou municipal, têm, por lei,  de ser publicados em Diário Oficial. Como eles conseguiram passar por cima disso sem que ninguém visse ou protestasse? É, a coisa está descontrolada mesmo. Não há reforma administrativa nem FGV que dê jeito.

Da forma que está, só chamando o Osama Bin Laden, para derrubar as torres gêmeas do Congresso e começar tudo de novo. Com outras leis, é claro, senão o monstro renasce.

Há vários sites e jornais que noticiaram o assunto. Para não deixar de recomendar um, indicamos o do Estadão Online, com a reportagem: "Senado acumula mais de 300 atos secretos para criar cargos" . É para espumar de indignação mas, se quisermos levar pelo lado otimista, de chorar de rir pela palhaçada que tão caro custou aos cofres nacionais. Veja como "eles" tentaram consertar a trapalhada.
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Em tempo: Como não se podia ter parentes nomeados, depois que o garoto, neto do Sarney, teve de ser demitido , em outubro de 2008, pelas pressões da lei antinepotismo, Epitáfio Cafeteira, senador correligionário político de Sarney, NOMEOU A MÃE DO GAROTO (que não tinha o sobrenome "Sarney" ), PARA O MESMO CARGO, COM O MESMO SALÁRIO DE 7,6 MIL REAIS, APENAS 20 DIAS DEPOIS, TUDO POR "ATO SECRETO". Assim, não daria na vista porque a mãe do garoto não era casada com o filho de Sarney e, por isso, não tinha o sobrenome de família. Indagado sobre isso ,Cafeteira irritou-se dizendo que tinha poderes para nomear quem ele quisesse para o gabinete dele e como devia favores ao filho de Sarney, pagou dessa maneira, isto é, com o dinheiro público. É mole ou quer mais?
Fonte desta informação: Jornal do Commercio (JC Online) - Clique aqui, para ler a íntegra da notícia
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Ivo S G Reis
Enviado por Ivo S G Reis em 13/06/2009
Alterado em 13/06/2009
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