Em alguns anos, para onde irão os …lhões de ...bytes de informações, hoje armazenados nos provedores de internet?
Ninguém pode garantir ou saber o destino que será dado, em alguns anos, aos …tilhões de yottabytes de dados e informações hoje armazenados nos provedores de internet. A informação virtual é prática, rápida, acessível de qualquer lugar, tem alto teor de propagação, permite fáceis ilustrações, um visual melhor, mas não é segura: não há garantias de que, a que hoje existe, ainda possa existir daqui a três ou mais anos. Qual o tempo de vida mínimo garantido? Dois anos? Cinco anos? X anos? E como se pode ter certeza de que ela ainda estará lá, no mesmo lugar, intacta e acessada pelo mesmo caminho?
E o pior é que ninguém nos informa disso, salvo rarísimas exceções. Suponho que nem mesmo os grandes provedores de armazenamento como, por exemplo, o Google e o Yahoo possam responder a esta pergunta.
Recentemente, postei um artigo num fórum e recebi o aviso de que "a informação seria arquivada por 6 meses, sendo apagada do banco de dados após este período".Este, ainda sabia e teve a dignidade de informar. Propriedade intelectual, direito autoral, nada disso está corretamente regulamentado e em uso no mundo virtual.
Até que encontrem a solução do problema, o livro e a informação escrita em papel ainda são os meios mais seguros de conservar documentos para o futuro. Se você insiste em guardar informações virtuais, copie-as, HOJE, para uma mídia própria (CD, DVD, HD, "pen-drive,etc), se não quiser imprimi-las. E nem pense em guardar suas memórias para a posteridade em mídia virtual. Informação digital, de sua propriedade, gravada em mídia própria, você ainda pode salvar, mesmo assim, com o cuidado de transferi-las, para outro veículo, quando se tornarem obsoletas. Mas a informação virtual que se hospeda e trafega na rede mundial?… Ninguém sabe! Tudo poderá virar fumaça e desaparecer.
Por incrível que pareça, seguro mesmo ainda é o bom e velho livro de papel. E nem tentem compará-los com os "e-books" de hoje, apesar de sua portabilidade e dos "tablets". Amanhã poderão estar obsoletos!
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Este era o artigo original, de minha lavra, e produto das minhas elucubrações e preocupações de então, publicado no blog "Debates Online", em 2008. Agora, dois anos depois, vejo as minhas angústias confirmadas pelas preocupações de outros que também escreveram sobre o assunto, como que atestando que eu não estava errado, pelo menos desta vez.
À guisa de esclarecimento para o leitor, que sequer tem ideia do que seja um yottabyte e de como, onde e por quanto tempo os dados poderão ficar armazenados seguramente, vejam o que diz este trecho do artigo "Yottabytes e o Futuro" (será que eles se inspiraram no meu, de 2 anos atras, ou enxergaram o mesmo que eu?):
"...
SÃO PAULO - A interpretação dos dados mudará tudo em nossa vida.
Um bit é a unidade básica digital: um ou zero. Um byte são 8 bits. Um quilobyte equivale a 1 000 bytes, ou meia página de texto. Mil quilobytes somam 1 megabyte, um quinto de toda a obra de William Shakespeare. Mil megabytes equivalem a 1 gigabyte, tamanho suficiente para armazenar um filme de uma hora. Com 1 000 gigabytes temos 1 terabyte, e com 15 terabytes digitalizamos toda a biblioteca do Congresso americano. Mil terabytes dão 1 petabyte, um quinto do conteúdo de todas as cartas distribuídas pelo correio dos Estados Unidos durante um ano. Mil petabytes somam 1 exabyte, que equivale a 10 bilhões de exemplares de uma única revista. Mil exabytes equivalem a 1 zettabyte, que é um pouco menos que a soma total de dados a serem produzidos pelo mundo inteiro durante este ano de 2010. Mil zettabytes equivalem a 1 yottabyte, que...
Esses cálculos foram apresentados numa edição especial da revista britânica The Economist sobre esta grande mercadoria do século 21: dados." (grifos do autor)
Fonte da citação acima destacada:
http://info.abril.com.br/noticias/ti/artigo-yottabytes-e-o-futuro-18052010-23.shl
E então, a coisa é ou não preocupante, e ainda mais quando ninguém responde? O acervo da memória da raça humana e do nosso tempo não pode ficar guardado apenas em arquivos digitais, dependentes de energia,e sinais de satélite e capacidade de saturação. Isso pode sumir num apagão geral ou nas nuvens, sem possibilidade de recuperação..