Sim, não há como duvidar: mentiras, desinformação, enganação e autoritarismo têm-se revelado como as principais marcas do atual governo brasileiro que, para se equiparar ao de um regime totalitário, só falta a instituição de um Estado policialesco, o fechamento do Congresso e do Poder Judiciário, e a instalação de um governo central, apenas com ministérios, tribunais de exceção, Polícia e Forças Armadas a ele subordinados. Nisso, Bolsonaro e Paulo Guedes parecem concordar e convivem em perfeita simbiose. Medidas de governo? Partem dos dois, prevalecendo ora a vontade de um, ora a de outro. Não seria exgero dizer dizer que Guedes também governa, não de direito, mas de fato.
No regime almejado por essas duas figuras, um híbrido semelhante ao de uma monarquia absolutista e república unipartidária, sua denominação continuaria a ser, contudo, "república federal democrática", mas seguiria um viés ultraliberal, capitaneado por um ministro da Economia "terrivelmente" ultraliberal, com status de "guru econômico", Rasputin, vidente e oráculo do presidente, tudo junto. Teríamos, assim, um governo conjunto (Bolsonaro e Guedes), onde os cidadãos seriam tratados como súditos subservientes, mas ainda mantendo a denominação de "cidadãos", com direitos mínimos e obrigações máximas. Isso seria, talvez, uma situação única no mundo: uma república democrática meia-boca, com um presidente meia-boca, dividindo o poder com um ministro da Economia também meia-boca, porque só mandaria na Economia, ainda que influenciando outras decisões do presidente, despreparado e leigo em economia.
Uma vez instalado o regime, uma ditadura ultraliberal disfarçada de democracia, o povo e sua força de trabalho seriam escravos das elites capitalistas e o presidente acumularia as funções de Chefe de Estado e de Governo, reinando absoluto (sem ou com outro ministro da economia) ou com Paulo Guedes, se mantido, o que é mais provável. Esse parece ser o grande sonho não revelado de Bolsonaro. Mas seria tal guinada possível, sem o apoio popular e sem o emprego da força? Sem o apoio popular, talvez sim, mas sem o apoio da força, não. Por isso, os afagos e a grande aproximação do governo com os militares, os únicos favorecidos com a "reforma da Previdência". Se eles continuarem sucumbindo ao canto da sereia... O custo? Passagem com apoio popular ou com guerra civil, isso não importa, desde que se consiga os objetivos.
Mas não é esse o caminho que o governo quer. O que deseja mesmo é uma transição com apoio popular e militar. São esses os dois segmentos sociais que precisam ser conquistados e mantidos ao lado do governo. E é aqui que entram, com força, as mentiras, a desinformação e a enganação (o autoritarismo é consequência e modus operandi).
Se na obra 1984, do escritor inglês George Orwell, havia um "Ministério da Verdade", que tudo controlava e só considerva verdade o que era divulgado e/ou chancelado pelo governo, aqui temos um "gabinete do ódio", divulgando mentiras como se verdades fossem. E não seria de espantar se fosse alçado à condição de ministério ou secretaria, para controlar a propaganda instiucional e a mídia de massa, perseguindo a imprensa alternativa. Conspirações palacianas e a utilização dessas técnicas já funcionam a todo o vapor, desde o início do governo, e duas vitórias já foram alcançadas: a "reforma da Previdência" e a impunidade dos familiares e protegidos do presidente (por enquanto). Não fossem as mentiras, a desinformação e a enganação, isso não seria possível. No campo das conspirações e guerra de informações, a luta continua, mas algumas fumarolas já começam a surgir nas entranhas palacianas.
Os disseminadores da desinformação
Nunca se mentiu e desinformou tanto como neste governo. Vamos entender a desinformação como a informação falsa, as mentiras, as meias-verdades e a ausência de informação, as três primeiras, como subcategorias da informação. Desinformação gera o conformismo. É com essas armas que o governo tenta tocar seus projetos e manipular a opinião pública. Sem falar nos filhos do presidente (não é esse o objetivo aqui), sem credibilidade e ocultos, o maior protagonista para esse mister é Paulo Guedes, o "mago profeta da economia", o rei da mentira e vendedor de ilusões, que inexplicavelmente ainda possui credibilidade. Aliás, vender é o que ele mais gosta de fazer. E se sua vontade prevalecer, privatiza tudo o que puder ou vende o país inteiro, como se vende uma fazenda de porteira fechada, com o gado (povo) dentro. Para quem acha ser impossível que Paulo Guedes supere Bolsonaro, vamos às explicações:
De fato, segundo o site de checagens de fake news, Aos Fatos, "até o dia 10/03/2020, Bolsonaro já havia proferido 963 declarações falsas, entre mentiras, distorcidas e meias-verdades" (hoje, 03/05/2020, já deve ter ultrapassado de 1.000 e quem sabe a quantas chegará até o término do seu mandato). Mas Guedes ainda nem completou sua primeira centena. Da mesma forma, Rodrigo Maia, Davi Alcolumbre e Rogério Marinho, para citar só alguns concorrentes.
Na política mundial dessas duas primeiras décadas do século XXI, no quesito mentiras, Bolsonaro só perde para Donald Trump, que profere 7,6 declarações falsas por dia. Então, se assim é, por que Paulo Guedes foi o campeão? Não foi pela quantidade de declarações, e sim, pelo seu peso, absurdidade, irresponsabilidade, ofensas, grau de maldade e reflexos negativos. Enquanto nem todas as mentiras de Bolsonaro são maldosas e causam mais perplexidade e indignação do que estragos econômicos, as de Guedes vêm carregadas de grande dose de maldade, causando desastres econômicos, fiscais e políticos, prejudicando o povo, o país e o próprio governo. As do presidente, causam revolta, mas passam, com o tempo. As de Guedes ficam e arrebentam com pessoas, instituições, relacionamento com o Congresso e, invariavelmente, com a economia. Essa é a diferença. E se continua falando e merecendo atenção, é porque Guedes é blindado pelo governo e pela mídia. O mais estranho é que ele fala coisas absurdíssimas e mentirosas, sem que ninguém da grande mídia conteste. Como? Porque aos grandes grupos econômicos interessa a agenda econômica de Paulo Guedes e a sua permanência no governo. A própria Rede Globo briga com Bolsonaro, mas não com Guedes.
Algumas mentiras de Paulo Guedes
Para impor sua agenda ultraliberal, festejada pelas elites econômicas, Guedes começou querendo a desvinculação total do orçamento. Não conseguiu porque, neófito, nada entendia de orçamento público e política, dando margem a que o Congresso barrasse suas pretensões, usando somente a lei e seus regimentos internos. E foi o que aconteceu. A seguir, já mais escoladinho e com malícia, partiu para a "reforma da Previdência". Esta, com a ajuda da propaganda institucional do governo, da compra de votos, do apoio da classe empresarial, dos bancos, das grandes corporações e da mídia de massa, ele conseguiu vencer. Venceu porque impôs um terrorismo psicológico, político e fiscal à nação; venceu porque divulgou números fiscais, estatísticas, projeções e informações falsas; venceu porque a reforma significava vultosos lucros para os bancos, grandes corporações, empresariado, empresas de capitalização e de previdência privada, que financiaram grande parte da campanha; venceu porque Bolsonaro, confiante e nada sabendo de economia, deu-lhe total apoio. E foi esta a sua única grande vitória, para a desgraça da classe trabalhadora e do funcionalismo público (que ele odeia).
Nas privatizações, conseguiu fazer algumas, em aeroportos, rodovias e no pré-sal, mas com péssimos resultados. Outras nem conseguiram decolar, por falta de planejamento. Antes da pandemia do coronavírus, foi só o que fez, levando o país a um pífio PIB anual de 1,1%. Enganou todo o mundo: povo, mídia, parlamentares e presidente. Agora, tem no forno outros pacotes de reformas, com a mesma técnica enganatória, e só espera passar a crise do coronavírus para tentar aprová-las. Vamos cair no mesmo conto do vigário?
Para o simples propósito de um artigo opinativo ou ensaio, não carece pesquisar e sair contando e relacionar, uma a uma, com indicação de fontes, todas as mentiras de Paulo Guedes, proferidas em audiências públicas, declarações à imprensa, a políticos, em palestras, etc. Elas estão aí, espalhadas, e podem ser localizadas e checadas por quem se interessar. Nosso objetivo é demonstrar que elas ocorreram, intencional e sistematicamente.
Assim, como exemplos, e apenas para que o leitor possa tirar suas próprias conclusões ou intensificar suas eventuais pesquisas, das dezenas de mentiras (algumas com a ajuda de Bolsonaro, Rogério Marinho, Rodrigo Maia e Alcolumbre) que Paulo Guedes verborragizou publicamente, destacamos:
1 - "Os números falsos utilizados na "reforma da Previdência". Aqui foi um verdadeiro show de números desencontrados e adulterados, divulgados maciçamente. Só neste quesito, se somarmos as mentiras ditas diretamente por Paulo Guedes com as do ex-secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho (sob suas ordens), mais de 30 grandes mentiras foram divulgadas. A quem interessar conhecê-las, indico o livro "Reforma da Imprevidência: O Mantra da Persuasão" , de minha autoria. Link para acesso: (https://ivosgreis.prosaeverso.net/ebooks.php)
2 - “O governo gasta 90% da receita toda com salário” [...]Mentira [...]: Os dados da União mostram que o referido gasto é de aproximadamente 20%. O gasto atual com servidores é inferior – em percentual do PIB e em percentual da receita – ao que o governo gastava em 2002. Será que o senhor ministro não sabe fazer contas e usar a lógica? Qualquer país do mundo que tivesse 90% da sua receita bruta comprometida com pagamento de salários estaria literalmente quebrado e seria inviável. Deveria ter pensado, antes de usar sua verborragia falaciosa
3 - “O governo é obrigado a dar aumento com salário”. Mentira [...]: O STF já pacificou entendimento no sentido de que não há tal obrigação;
4 - “O funcionalismo teve aumento de 50% acima da inflação”. Mentira [...]: Entre 2010 a 2019, os servidores públicos federais tiveram perda de 32% e o reajuste médio dos servidores estaduais também foi inferior à inflação;
5 - “O governo é obrigado a dar aumento com salário”. Mentira: [...]. O STF já pacificou entendimento no sentido de que não há tal obrigação;
6 - "O funcionalismo tem aposentadoria generosa”. Mentira [...]: Desde 2013, a aposentadoria dos servidores públicos federais é igual à dos trabalhadores da iniciativa privada.
Fonte (itens: 2 a 6, em itálico, fonte na cor violeta): Correio Braziliense, reproduzindo nota de repúdio da FEBRAFITE, às declarações de Paulo Guedes
(http://blogs.correiobraziliense.com.br/servidor/manifestacao-guedes-em-nota- de-repudio-febrafite-destaca-que-os-ataques-nao-ficarao-sem-resposta-a-altura/ )
Outras mentiras:
"O Chile hoje é como a Suiça e é um exemplo a ser seguido pelo Brasil" (mentira: lá, a reforma da Previdência foi capitalizada e fracassou); “O crescimento já deve começar a ser positivo no segundo trimestre" (mentira: referia-se ao 2º trimestre de 2018, não tinha elementos para assegurar o que dizia, e isso não aconteceu); “O pior inimigo do meio ambiente é a pobreza. As pessoas destroem o meio ambiente porque precisam comer" (declarações do ministro no Fórum Econômico Mundial de Davos, representando o Brasil. Sem comentários); a economia, que estava a 0,7% [no primeiro trimestre de 2019], foi reacelerando ao longo do ano e terminou o ano já rodando a quase 2%” (mentira: terminou o ano com 1,1% e isto está mais próximo de 1 do que de 2. Ao contrário, não houve crescimento, e sim um decréscimo de 0,2% em relação a 2018)
Foram relacionadas apenas algumas das mais conhecidas mentiras, mas são várias dezenas delas, principalmente, no que se refere às informações falsas de crescimento econômico e de retorno do investimento estrangeiro. Nenhum dos vaticínios de Guedes se confirmou. Na verdade, ele está perdido e não sabe mais o que dizer. Então inventa o que, em religião, se chama de "mentiras piedosas". O que fazer quando se tem um ministro desses como guru econômico do presidente? Errando sempre, quem paga o pato quando ele erra?
As pautas neo e ultraliberais de Paulo Guedes
Paulo Guedes - e ele não faz questão de esconder isso - é defensor do Estado mínimo (menos Estado, menos povo e mais mercado) levada ao extremo. Propõe a autorregulação do mercado, com interferência mínima do Estado, menos pautas sociais e protecionistas, e uma política que só favoreça os detentores do poder econômico. O papel do Estado é simbólico, apenas para garantir direitos, dar uma aparência de legalidade democrática e ter reconhecimento e representação internacional. Intramuros brasileiros, seria a lei do Hobin Hood reverso, tirando dos pobres para dar aos ricos. Um povo escreavizado, trabalhando para os detentores do poder. De notar que as teorias neoliberais são também atribuídas a Milton Friedman, da Escola de Chicago, grupo a que Paulo Guedes pertence.
Aqui, além da "Reforma Administrativa" (enxugar a máquina pública, retirar direitos, acabar com a estabilidade do servidor e reduzir salários), da PEC Emergencial e da "Reforma Tributária" (não a necessária, mas a que desonera a carga tributária das grandes empresas e aumenta a do povo e das pequenas empresas) e do plano de privatizações, outras agendas são defendidas. Eis algumas das pautas defendidas por Guedes:
- Diminuição de cobrança de impostos das grandes empresas de modo que aumentem seus lucros reforma fiscal);
- Abertura comercial para aumentar as importações e exportações através da diminuição das tarifas alfandegárias;
- Privatização das empresas estatais com o objetivo de diminuir a presença do Estado no mercado;
- Redução dos gastos do Estado, com corte de funcionários e terceirização dos serviços;
- Diminuição de leis trabalhistas para diminuir custos dos empresários;
- Oposição a doutrina marxista;
- Critica ao keynesianismo;
- Incentivo à competitividade de mercado;
- Repressão às organizações sindicais e movimentos populares;
- Controle dos ideais neoliberais através de instituições como FMI, OMC e Banco Mundial.
Fonte: AEPT (https://www.aepet.org.br/w3/index.php/conteudo-geral/item/3045-as-principais-mentiras-falaciosas-de-paulo-guedes-que-podem-causar-decadas-de-atraso-ao-brasil)
Afinal, o que pretende Bolsonaro e como planeja atingir seus objetivos?
Bem, isso ainda não está muito claro e fica por conta das especulações. Mas se depender do entendimento e desejo dos bolsominions fanáticos, o que eles pretendem é uma intervenção militar, com fechamento do Congresso e do Judiciário, e um governo militar, mas sob o comando de Bolsonaro (???). Pelo menos isso é o que eles expressam nas faixas de protesto. E se Bolsonaro sabe das reivindicações dos seus seguidores e não desmente, emprestando, antes, o seu apoio...
Os indícios:
Vários indícios, alguns ainda não muitio claros, apontam para o desmonte das instituições democráticas e a instalação de um governo autoritário e policialesco, com apoio militar, mas sob o comando de um presidente civil (ele, Bolsonaro). Vejamos alguns desses indícios, colhidos nas manifestações pró-bolsonaro, de 03/05/2020, a maioria, já presente em manifestações anteriores:
- As frases: "[...] temos as Forças Armadas ao lado do povo, pela lei, pela ordem, pela democracia, pela liberdade"; "[...]Chega de interferência. Não vamos admitir mais interferência. Acabou a paciência"; "[...]Chegamos no limite, não tem mais conversa, daqui pra frente, não só exigiremos, faremos cumprir a Constituição, ela será cumprida a qualquer preço, e ela tem tudo na mão"
- As manifestações e as triplas bandeiras de Estados Unidos, Israel e Brasil, no mesmo suporte e sempre atrás do Presidente:
Estados Unidos e Israel são países opressores e com forte poderia bélico, militar e econômico. Desde o início do seu governo Bolsonaro alinhou-se com esses dois países, e passou a apoiar tudo o que eles apoiam e rechaçar tudo o que eles rechaçam. Com essas 3 bandeiras juntas, no mesmo suporte, tremulando atrás do presidente, na Esplanada dos Ministérios, que recado ele quer passar? E que dizer da sua participação nos protestos, sem máscara de proteção ao coronavírus, acompanhado de sua filha de 9 anos, também sem máscara?
No meio de uma pandemia sanitária, onde o Brasil já ocupa a 7ª colocação entre os países com mais mortes no mundo, o presidente propõe a reabertura da economia e desencoraja o uso de máscaras de proteção. Está afrontando a quem e sinalizando o quê? Isto, cabe ao leitor interpretar.
Impeachment, renúncia de Bolsonaro, ou permanência com substituição de Paulo Guedes, qual a melhor solução?
Existem quatro cenários possíveis (ver vídeo: "Quatro cenários e alternativas para o Brasil sair da ou permanecer na crise fiscal e política")
A melhor solução, neste momento (acessar vídeo "Quatro cenários e alternativas para o Brasil sair da ou permanecer na crise fiscal e política" ), não é o impeachment de Bolsonaro, que traria sérios transtornos para o país, que entraria em paralisia política. Saindo Bolsonaro, por impeachment ou renúncia, antes dos dois anos, assume o vice-presidente, que tem tendência a manter Paulo Guedes, uma neoplasia maligna do governo Bolsonaro. E se isso ocorrer, nada muda, enquanto esse ministro sociopata e enganador estiver no comando do ministério da Economia. O governo continuará tendo viés neoliberal ou ultraliberal, governando para as elites econômicas e não se importando com as classes mais baixas da sociedade, exigindo sacrifícios do funcionalismo público, trabalhadores, informais e desempregados. Uma vez que um dos tumores (Sergio Moro) já foi removido, o outro tumor maligno (Guedes) precisa ser removido ou "matará seu hospedeiro", a nação brasileira.
Uma das saídas para o imbróglio seria manter Bolsonaro, desde que ele se comprometesse a adotar posturas mais sensatas e a promover a imediata substituição de seu ministro da Economia e outros incompetentes e suspeitos como Weintraub, Ernesto Araújo, Damares Alves, Rogério Marinho, Fábio Wajngarten e o provável e próximo Chefe do Gabinete do Ódio, Ricardo Salles, atual ministro do Meio Ambiente. Talvez, com essa minirreforma ministerial, e dependendo de quem vai comandar a Economia, ainda haja tempo de fazer alguma coisa para tirar o Brasil da crise, antes de terminar o mandato de Bolsonaro.
Mas essa opção parece pouco provável, depois que o mentiroso número dois do governo (Bolsonaro), declarou publicamente, a respeito do mentiroso número 1 (Paulo Guedes):
"Eu sigo a cartilha de Paulo Guedes na economia. [...]Algumas medidas minhas podem desagradar. Mas nessa área o Paulo Guedes é o senhor da razão. Se essa é a orientação dele [manter a exigência de condicionar o auxílio econômico aos estados à proibição do aumento de salários do funcionalismo por 1,5 anos], assim será feito" .
Depois dessa declaração, revelando uma total dependência e submissão, esperar o quê? Uma outra opção, talvez a melhor de todas, seria anular-se a eleição, cassando toda a chapa. Nesse caso, assumiria provisoriamente o presidente da Câmara que, dentro de 60 dias convocaria novas eleições. Base legal: comprovar-se que houve fraude no processo eleitoral, que favoreceu a chapa eleita. E isto, desde que haja mobilização e vontade política, não é difícil de comprovar. Evidentemente, o novo presidente eleito formaria outro ministério, sem o sociopata enganador, Paulo Guedes.
Quanto ao impeachment, que existem as condições políticas e jurídicas, existem; que o presidente merece, merece. Isso só não é inteligente, neste momento, porque representa um tiro no pé (nosso). Já quanto à economia, a situação é tão grave que talvez fosse interessante formar um "conselho econômico", com 5 economistas de renome e dois suplentes, atuando em forma de colegiado, cujas decisões ou sugestões só seriam aprovadas e/ou encaminhadas com os votos da maioria (3, 4 ou 5). Enquanto esse índice não fosse atingido, nada poderia ser considerado aprovado. A presidência do Conselho seria rotativa e renovada a cada 4 meses.
Seria essa solução possível de ser cogitada e tentada?