Ivo S. G. Reis - Artigos, Poesias, Ensaios, Aforismos, Contos e Crônicas
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Marketing Religioso nas Religiões Evangélicas... Isto Funciona?

Infelizmente, sim, e é um fenômeno de nossos dias, cada vez mais generalizado, como prática costumeira entre as igrejas evangélicas. Por enquanto, só elas usam esse recurso maciçamente, mas - quem viver verá - não demorará para que outras religiões comecem também a usar esse mesmo artifício de proselitismo. Afinal, já existe uma guerra religiosa (velada?) para disputar fiéis.

Não resta mais dúvida: as religiões evangélicas estão utilizando cada vez mais o "marketing religioso" para atrair adeptos e estão aumentando, com isso, o seu número de seguidores, com tendências de superar os católicos em alguns países de tradição sabidamente orientada para o catolicismo. Tal crescimento se verifica principalmente nos países laicos, onde os evangélicos estão entrando com grande força de penetração.

Como se dá o proselitismo?

O fenômeno está relacionado ao marketing religioso, hoje presente em todas as mídias e até na internet, e à vultosa soma investida em publicidade pelas religiões evangélicas, adquirindo jornais, revistas, gravadoras, espaços públicos, horários cativos em empresas de radiodifusão e canais de televisão, chegando a ter participação societária em algumas importantes redes de TV, como a Record, por exemplo.. As chamadas são constantes e feitas em diversos intervalos diários regulares e as "sessões ou cultos" também se dão em vários horários, umas três ou quatro vezes ao dia. Mas não é só isso: seus pastores recebem bem elaborados cursos de treinamentos, onde aprendem o evangelho, impostação de voz, técnicas de oratória e de convencimento de massas.

Aliado a isso - e nesse sentido a propaganda ajuda -, aprendem a explorar e propor a cura ou salvação pelo "Senhor" (Cristo) para as principais misérias humanas, como as drogas, vícios de bebidas e de jogo, doenças, possessão demoníaca, desemprego, desagregação familiar, dívidas, depressão, tendências suicidas, submissão a feitiços, etc. , problemas estes pesquisados e sabidamente existentes em qualquer agregado social. Quem já não viveu ou presenciou pelo menos um deles?

Utilizando todos esses recursos, os evangélicos hoje, segundo eles próprios, já são 48 milhões de fiéis, colocando o Brasil como o segundo país no mundo em maior número de protestantes, perdendo apenas para os Estados Unidos. Só a IURD já mantém filiais em mais de 115 países, segundo a Enciclopédia Digital Wikipédia.

As técnicas de convencimento e "aprisionamento":

As técnicas de convencimento são teatralizadas nas sessões e nos cultos, posteriormente transmitidos pela TV. Nelas, são exibidas curas milagrosas pelo "Senhor", cenas de desobsessão demoníaca, de volta à paz e felicidade no lar e no trabalho... Freqüentemente são relatadas histórias de sucesso pelas pessoas pretensamente curadas ou "salvas", que só conseguiram isso após procurar uma igreja evangélica, como último recurso.
 
Todas as histórias são bastante parecidas e repetitivas (técnica do martelamento?), mas o povo não se cansa de ouvi-las e de se encher de esperança. Se têm outra religião, abandonam-na e passam a seguir os evangélicos. Assim se dá o proselitismo e assim aumenta o número de seguidores que, posteriormente, ficam escravizados pela religião e se tornam fanáticos religiosos, atacando e discordando de todos que ousem pensar diferente deles e até processando alguns dos que lhes criticam.

Lavagem cerebral e cativeiro religioso... Isto é crime?

Infelizmente, à luz do Direito e da Constituição, isso ainda não é crime, a não ser que se consiga provar a obtenção de vantagens financeiras através do charlatanismo; e não há interesse e existe até um certo receio de se tentar isso porque a Constituição Federal, em seu artigo 5º, inc. VI, ao garantir a liberdade de crenças e o livre exercício de cultos religiosos, protege não só essas igrejas, como o tipo de malefício que elas causam, quando formam um exército de fanáticos religiosos que sofrem lavagens cerebrais semanais para permanecerem em fidelidade com o evangelismo em suas respectivas igrejas, na falsa ilusão de que estão no lugar e  caminho certos. 

Mas como proteger do cativeiro religioso essas pessoas ingênuas, em sua maioria, de baixíssimo grau de instrução, fácil de serem convencidas, sofridas, crédulas, esperançosas e ávidas por salvação? Vão deixá-las até quando na mão dos hábeis evangélicos, que prometem "salvação", "curas" e "milagres" e ainda as exploram com cobrança de dízimos, tirando o pouco que têm? Pagar por falsas esperanças?

Alguém tem de pensar nisso e reescrever a lei!


Ver vídeo-exemplo em: http://www.youtube.com/watch?v=My6_faauym8
Ivo S G Reis
Enviado por Ivo S G Reis em 08/12/2007
Alterado em 29/03/2008
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